Em 2016, First One nas tendências de busca, o termo Empoderamento Feminino ganhou a internet e até hoje aparece nas legendas de muitos posts por aí… Muitas vezes associado ao lado sexy da mulher. Mas, afinal, o que é Empoderamento Feminino?

É importante analisarmos a história para acompanharmos esse movimento de mudança e da ascensão feminina.

Após a Segunda Guerra Mundial, em 1949, a filósofa, escritora e ícone do pensamento feminista, Simone de Beauvoir, escreveu o livro O Segundo Sexo. No livro, Simone fez uma profunda análise sobre o papel da mulher na sociedade, e esse estudo se tornou um marco histórico.

Para a filósofa, era importante entender a distinção entre sexo e gênero. Sexo é um fator biológico, ligado à constituição físico-química do corpo humano. Gênero é construído pela sociedade, que ao longo da história criou padrões de comportamento.



Nesse contexto, é primordial destacar que o profissional não deve ter sexo. O profissional deve ser um bom profissional, independente se é uma mulher ou um homem.

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a taxa global de participação das mulheres na força de trabalho ficou em 48,5% em 2018, 26,5 pontos percentuais abaixo da taxa dos homens. Isso significa que apesar dos avanços, a participação das mulheres no mercado do trabalho ainda é pequeno se comparado aos homens.

A liderança está aí para todos, desde que deixemos as amarras sociais e os antigos comportamentos de lado.
A ideia central do livro de Beauvoir é de que a mulher não é o “segundo sexo” ou o “outro” por razões naturais e imutáveis, mas sim por uma série de processos sociais e históricos que criaram esta situação.

A ascensão da mulher no mercado de trabalho e em diversos setores é o resultado da luta de muitas mulheres que fizeram história. Em 1929, nasce Annelies Marie Frank, conhecida como Anne Frank, morta na Segunda Guerra Mundial. Anne deixou um diário que o mundo conheceu, relatando todo o terror vivido por ela e por sua família durante a guerra. Gerou discussões, e por que não pilares sobre o papel da mulher na sociedade?

Há pouco anos, Malala Yousafzai, uma adolescente paquistanesa que desafiou os talibãs por defender a educação feminina, chegou à ONU e ganhou o Nobel.



Empresárias, executivas, ativistas e até mesmo presidente de uma nação. O importante é que grandes mulheres, guerreiras e revolucionárias, estão deixando um legado e construindo uma sociedade equalitária.

Mulheres que fomentam a sororidade, como Monnike Garcia, fundadora do blog Mulheres do Comex, vem desenhando um capítulo importante na história do nosso país e no setor do comércio exterior brasileiro, através de grupos e eventos para mulheres, com o objetivo do apoio mútuo.
Um passo importante nessa área, antes dominada majoritariamente por homens.

Recentemente o mundo também pode acompanhar a Copa do Mundo feminina que já é considerado algo histórico pelo crescimento simbolizando parte da luta feminina.  Os 24 países participantes transmitiram os jogos de suas seleções na TV. Mais de 100 países de todos os continentes, que não participaram do Mundial, também compraram os direitos de transmissão. A jogadora brasileira Marta, um dos grandes destaques da competição, decidiu usar o momento para deixar a sua marca na luta pela igualdade convocando as próximas gerações para continuarem a falar sobre as desigualdades enfrentadas pela mulher, mostrando que o empoderamento feminino é algo crescente que vai definir os próximos passos no futuro.

Michelle Fernandes

Michelle Fernandes é fundadora da M2Trade, empresa no Brasil que oferece mercadorias e serviços de Comércio Exterior. Atua há 14 anos na área, graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior pela Universidade Estácio de Sá, acumulando vasta experiência nas áreas de logística, importação e exportação e demais atividades relacionadas a este universo. Durante sua carreira, participou de dezenas de cursos relacionados na área, inclusive na Escola da Marinha Mercante do Brasil, Aduaneiras e Lloyd’s. Participou de diversos seminários bilaterais de Comércio Exterior promovidos pela FCCE – Federação das Câmaras de Comércio Exterior.
Após trabalhar 5 anos em uma empresa multinacional com sede em Singapura, em 2010 Michelle abriu sua primeira empresa de comércio exterior ao lado de sócios como Carlos Alberto Parreira, focando no atendimento ”door to door”. Em 2015, vendeu a empresa e fundou a M2Trade.
Michelle participa de eventos como palestrante/speaker dividindo sua experiência e seus desafios profissionais com empresários, gestores, estudantes e todo público interessado no universo do empreendedorismo e do comércio internacional.

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