Entendendo (um pouco) a bolsa de valores derrubando mitos e crenças – Parte I
Entendendo (um pouco) a bolsa de valores derrubando mitos e crenças – Parte I

Com toda a certeza muitos dos amigos leitores navegam com tranquilidade pela Bolsa de Valores, mas sabemos que há um grande contingente de novos empreendedores, especialmente os que surgiram nestes tempos difíceis por terem perdido suas posições corporativas, que desconhecem ou tem um conhecimento restrito deste que é um das mais fascinantes e dinâmicas modalidades de investimento.

Contando com a paciência de quem já é expert, meu objetivo neste texto é mostrar de maneira simples o que vem a ser  Bolsa de Valores , o mercado de ações, introduzir alguns conceitos básicos, bem como quantos mitos e crenças limitantes cercam essa Instituição que com o passar dos anos vem  em uma trajetória de abertura e transparência para que mais pessoas e empresas de todos os tamanhos possam participar desse que é em última análise uma forma de investimento “vivo”.

Por que “vivo”? Pelo simples fato de que os papéis e títulos que formalizam esta modalidade de investimento são a representação da produção realizada por milhões de pessoas que diariamente, nas Corporações financeiras ou não, no comércio, serviços e quaisquer outros setores da atividade econômica, agregam valor a uma Economia através de suas atividades.

Em última instância, investir em Bolsa, significa investir na produção, na geração de empregos e riquezas de um país.

Por qual razão o investimento em ações alimenta a cadeia produtiva?

Em linhas gerais quando um empreendimento de qualquer tamanho planeja e toma a decisão de ampliar suas atividades e ter uma participação bem maior no mercado onde atua, obviamente necessita de recursos em todos os sentidos. Se não dispuser de fundos próprios para financiar sua ampliação, de forma simples e de maneira bem geral pode recorrer a dois caminhos:

  • Pedir empréstimo ou a bancos de fomento e desenvolvimento que geralmente emprestam a taxas subsidiadas (e em alguns casos associam-se a um projeto) ou a Instituições financeiras privadas para as quais deverão oferecer garantias. Nesta opção o empreendimento obtém os recursos de que necessita através de um endividamento que gerará o incremento em sua capacidade produtiva, com uma contrapartida em seu passivo.
  • Abrir seu capital, vendendo quotas de seu patrimônio a quem se dispuser a se tornar sócio do empreendimento. Neste caso, após extensivas análises e auditorias realizadas por especialistas, uma empresa começa sua jornada de negociadora de suas ações no mercado, obtendo desta forma os recursos de que necessita para o crescimento do negócio, tornando-se parceira de milhares de grandes e pequenos empreendedores que aceitaram ter parte no patrimônio da Organização e tornando-se seus co- proprietários. Esta associação acontece no âmbito de uma Instituição secular denominada Bolsa de Valores, que recebe e avalia as solicitações de abertura de Capital das diversas Instituições que decidem pelo desenvolvimento sustentado de sua atividade, aumentando sua participação no mercado onde atuam, gerando empregos , que propiciam maior consumo, maior produção, e maior riqueza.

Caro leitor com a descrição simplificada acima, você poderá verificar que basicamente temos dois grandes impactos gerados pela negociação no mercado de ações: um primeiro para a sociedade, com o incremento da produção, que gera consumo por parte dos agentes econômicos, no caso as famílias, os quais são os grandes responsáveis pela movimentação da Economia que com esse estímulo cria novas oportunidades de trabalho, diversificando a oferta de produtos e gerando riquezas a serem distribuídas por todo o país (que seria o ideal); um segundo impacto positivo para o próprio empreendedor que investiu, muito ou pouco na empresa que ofertou ações, com a aquisição de patrimônio que lhe garante rentabilidade, além dos ganhos com a distribuição de dividendos após a apuração dos resultados da Corporação. Portanto seu ganho será em duas frentes: na valorização de seu patrimônio (suas quotas de participação no negócio) e no recebimento dos dividendos, desde que tenha ações com direito a essa distribuição, uma vez que existem diversos tipos de quotas ou ações. Mas isto veremos com um pouco de detalhes mais adiante.

Neste momento vamos conhecer de forma geral e breve o que é a Bolsa de Valores, como e onde suas atividades tiveram início, quais as principais Bolsas no mundo, o que comerciam, quais crises enfrentaram para que aqueles que não estão familiarizados com esse universo passem a conhecer um pouco mais e que sejam  estimulados a pesquisar com a finalidade de aprender e se exercitar nesse mundo fascinante dos negócios.

O que é Bolsa de Valores? É simplesmente um mercado organizado como uma Corporação onde são negociados quotas de participação, as chamadas “ações” de sociedades que decidiram abrir seu capital para o público em geral. Essas sociedades podem ser públicas (entidades governamentais ou autarquias como por exemplo, Banco do Brasil, Petrobrás, Eletrobrás, etc) ou privadas (Instituições Financeiras, grupos empresariais diversos, etc) e tanto são sociedades anônimas, cujo patrimônio é representado por ações,  visam lucro, pagam dividendos e valorização patrimonial como também sociedades civis sem fins lucrativos (hospitais, universidades, etc), cujo patrimônio é representado por títulos.

Além desses papéis, na Bolsa também são comercializados Fundos de Investimento de diversas origens e Opções.  As atividades de Bolsas são controladas e monitoradas por Autoridades Monetárias com a finalidade de proteger o mercado em geral de grandes perdas, exigir transparência e ética nos negócios realizados, regulamentar as operações através de Cartas, Circulares, Instruções Normativas, Resoluções e outros documentos que oficializam as operações. No Brasil citamos a CVM  (Comissão de Valores Mobiliários) como a principal autoridade reguladora nessa atividade.

Qual a origem das Bolsas? Historicamente as origens das Bolsas remontam à Grécia Antiga e Império Romano, que tinham um local apropriado para os mercadores e negociantes de várias regiões conhecidas na época, realizarem suas trocas, compras e vendas, emitirem documentos, notas, e trocarem moedas.

As Bolsas, como as conhecemos atualmente surgiram ainda no Século XV, época histórica do Renascimento, dos grandes descobrimentos e da expansão comercial, com a abertura de grandes rotas comerciais no Ocidente e entre este e o Oriente. As principais casas com a denominação de “Bolsa” surgiram na Europa, na Bélgica, Holanda, França e Inglaterra, primeiramente comercializando moedas, metais preciosos e letras de câmbio, tendo a comercialização de ações como é hoje, iniciado-se somente no século XIX.

A Bolsa que hoje é a maior do mundo, a de New York surgiu no final do século XVIII, através de uma associação de corretoras que haviam sofrido perdas por conta de grandes comerciantes e já no século XIX, despontava como a casa de maior volume de negócios em ações entre todos os países.

O que é Pregão? O pregão nada mais é do que a maneira de serem negociados os papéis que circulam nas bolsas, o qual já foi viva-voz, ou seja, no grito de operadores reunidos em um espaço apropriado, passou a ser eletrônico, através de terminais instalados nas corretoras que fazem as negociações e atualmente temos o trading automático, com o uso de plataformas digitalizadas onde um investidor em sua casa pode disparar ordens de compra e venda de papéis, sendo também utilizado por bancos de investimento, corretoras e outras entidades legais que realizam as ordens de forma fracionada com o objetivo de reduzir impactos no mercado.

O que é Circuit Breaker? Em se tratando dos pregões, atualmente temos um monitoramento intenso seguido pelas autoridades reguladoras das operações do mercado de Bolsas que estabelecem normas e procedimentos de negociações, tanto para momentos de euforia na praça global, como para os momentos de incerteza e crise, como está acontecendo neste ano, particularmente entre março e maio, quando o recrudescimento global da pandemia gerou enormes impactos nos negócios derrubando TODAS as bolsas pelo mundo inteiro. Esse “arrastão” de derrubadas pode provocar enormes prejuízos e falências como o ocorrido na crise de 1929 na Bolsa de New York. Por este motivo as regulamentações, no intuito de evitar quebras globais generalizadas que levam  ao final da linha a grandes e graves depressões econômicas com avassaladoras ondas de desemprego, implementam “gatilhos” de proteção que disparam quando os mercados caem a um nível extremamente baixo, em geral quando as baixas em um determinado dia ou em vários momentos de um mesmo dia caem por volta de 10 a 12%. Esse disparo significa parada geral de todas as negociações e pregões por um tempo determinado e é denominado Circuit Breaker. Esse evento foi algo que frequentou muito o mundo dos negócios entre os meses acima citados.

Exemplos de principais Bolsas da atualidade: Nasdaq e NYSE (New York), Tókio, Frankfurt, Londres, Shangai, Hong Kong, Luxemburgo, Paris, B3 (Brasil, Bolsa, Balcão – São Paulo, antiga Bovespa) Moscou, México, além de outras.

Agora que conhecemos um pouco da história, vamos tratar de desmistificar algumas crenças que de uma certa forma dificultam a aproximação de pessoas comuns que vivem seu dia a dia no trabalho, que lutam por um projeto de empreendedorismo, lembrando sempre que este texto não tem como objetivo o aprofundamento neste assunto, sendo portanto necessário que você leitor, interessado no tema faça pesquisa para entender e viver de forma mais ampla este fascinante mundo.

Como já foi dito anteriormente,  quando uma pessoa busca investimentos em papéis negociados na Bolsa (não apenas ações) na verdade está acreditando na valorização de seu investimento porque ACREDITA que aquele papel que escolheu é lastreado por um grupo empresarial financeiro ou não que produz riquezas de maneira sólida e confiável.

Portanto, investir em Bolsa é acreditar no potencial de produção de seu país! Desta forma vamos analisar alguns mitos e colocar algumas verdades para você meu amigo leitor empreendedor (em qualquer lugar):

  • BOLSA É COISA PARA RICOS: mito!! A Bolsa de Valores, que já teve no passado uma conotação de exclusividade, é coisa PARA TODOS! Por quê? Já expliquei nos parágrafos acima. Hoje, falando especificamente de nossa Bolsa, a B3, temos ampla possibilidade de acesso aos negócios e oportunidades ofertadas pela Instituição e até pelo próprio Tesouro Nacional que emite papéis lastreados em reservas nacionais para financiamento da dívida pública. Existem várias opções de papéis; está certo que a remuneração no passado foi bem mais atrativa, devido às taxas de juros do Bacen, que hoje estão muito baixas, mas mesmo assim ainda são válidos. Vale uma pesquisa no site https://www.tesourodireto.com.br/. No caso da B3, procure também seu site: http://www.b3.com.br/pt_br/ e perceba o quanto esta, que é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro globalmente falando e uma das que possui por sua solidez e confiabilidade, um dos maiores  indicadores em termos de valor de mercado, tem hoje uma cultura e política de acessibilidade a todos os que se interessarem!

Houve um período inclusive em que a B3 que, se não estou errada ainda era muito conhecida como Bovespa, utilizou-se de furgões que iam em locais os mais insólitos possíveis, (exemplo: cheguei a vê-los em um jardim de praia, em quermesses, em esquinas de pontos de encontro aqui em SP), chamando as pessoas para aprenderem noções básicas para poderem investir com facilidade, uma vez que o processo estava se simplificando e se desmistificando para que qualquer cidadão pudesse acessar suas oportunidades!

PORTANTO, BOLSA É TAMBÉM PARA VOCÊ PEQUENO EMPREENDEDOR!!

Para de pensar que a B3 é para ricos!! Sim, pensando bem é para ricos em confiança, em garra, luta e certeza de que este é um negócio que pode nos trazer vantagens e nos faz sócios da riqueza gerada pelo nosso país! E ao investirmos estamos em última análise dando possibilidade à geração de mais produção e portanto mais emprego!

  • BOLSA É COISA PARA MEGA INVESTIDORES: mito!!! No mito acima, a abordagem foi em termos de direito de participação nos negócios sem exclusão de qualquer pessoa. Neste mito abordamos a questão do montante de dinheiro aplicado. A Bolsa NÃO estipula montante mínimo. Isso não quer dizer que tenhamos que ser sensatos: é complicado do ponto de vista operacional, técnico, comprarmos 1 ação, 1 opção, 1 quota de um fundo, pois é certo que a relação custo/benefício dessa operação seja desvantajosa tanto para quem investe, como para quem processa, no caso a B3. O custo de processamento de 1 mísero papel pode ser muito maior do que o montante que trará em resultado! Mas novamente, em se pensando em acessibilidade, não há impedimento algum. Neste caso, quem é investidor de primeira viagem, o melhor caminho é não se aventurar sozinho: ou estudar nos sites e nos podcasts, nas redes sociais, etc, ou utilizar uma corretora sólida, conhecida, confiável. Isso pode mesmo ser feito pelas corretoras ligadas a Bancos, sendo que todos os grandes grupos possuem uma e o mais interessante e positivo de tudo é que a corretora de seu banco, permite que você, ao comprar um papel de qualquer tipo, escolha corretoras que oferecem o melhor preço pela unidade que você quiser. A operacionalização dos investimentos fica muito mais tranquila e é bem fácil do ponto de vista de manuseio e de fisco, pois no momento da declaração do Imposto de Renda, você terá seu informe de rendimentos mastigadinho para só preencher o formulário de seu querido IR!

 

PERCEBEU COMO É ACESSÍVEL?

  • BOLSA É CASA DE APOSTAS: mitíssimo!! Bolsa não é casa legalizada de jogo! A Bolsa existe para que todos os empreendedores do país, pequenos ou grandes possam realizar seus projetos de expansão e produção, gerando riquezas, produção, permitindo que mais pessoas participem do processo produtivo, consumam e desta forma realimentem o ciclo virtuoso de geração de empregos, mais produção, mais consumo, mais renda no bolso das famílias que são a mola mestra de uma Economia liberal, democrática e capitalista sim, mas com a correta interpretação de seu amplo sentido. Não defendemos a concentração de riquezas, nem a exclusão de grupo algum, queremos que todos participem destes processos de elaboração e criação de condições para o progresso de nosso país, e somos APENAS nós que temos essa capacidade! Autoridade alguma por nenhum decreto pode fazer milagre algum! O que eles podem é oferecer o ferramental, através de regulamentações, instruções, normativas, leis, decretos que permitam que todos sem distinção trabalhem pelo desenvolvimento. Uma Nação democrática e livre não é o presidente, são as pessoas!

EMPREENDEDOR ENTENDA ISSO! É VOCÊ QUEM GERA A RIQUEZA!!

Já sei, há pessoas que criticarão e dirão que isto é uma montanha de inverdades, mitos, poesia, loucura, utopia, etc, etc!! Ok, não lhes tiramos nem o direito de o dizerem, nem a razão pela qual pensam assim. Mas combinemos: este é o caminho, sem utopias, com seus erros e acertos, suas idiossincrasias, seus problemas, porque o MST também tem suas utopias e seus muitos problemas, então por favor, dê-nos o direito de pensarmos o melhor, de nosso ponto de vista!!

  • BOLSA É PARA ESPECULADORES: mito!! Bolsa é uma empresa que fornece a infraestrutura mais moderna e acessível possíveis para que TODAS as pessoas invistam em última instância NA PRODUÇÃO e claro, por conta disso sejam remuneradas, pois se tornaram sócias da Corporação ou várias que escolheram para confiar seus recursos. Tornam-se co-participantes dos resultados que a Instituição na qual investiram seus recursos venham a auferir, portanto precisam ganhar, uma vez que poderiam usar seu dinheiro para outros fins e o direcionaram para aquele canal. Eles tem um custo de oportunidade que precisa ter retorno.

No entanto, existe a ideia de especulação, quando alguém acompanhando os movimentos do mercado, começa a utilizar-se dessa prática, ou seja, compra papéis em baixa e os vende quando estão em alta. Esse período de baixa geralmente se dá em momentos de grande crise, problemas de reputação de um grupo (lembram-se de uma certa, poderosa estatal?), problemas de risco de insolvência, caixa, etc. mas que possuem previsões de recuperação. O investidor profissional então, compra uma significativa quantidade nesse momento ruim, espera a alta e então, dá ordem de venda auferindo grandes somas de dinheiro.

Não existe proibição para suas movimentações de compra e venda, DESDE QUE você não se utilize de meios ilícitos ( ex.: informação privilegiada obtida por meios escusos, vazamentos de conteúdos confidenciais, etc) para realizar tais movimentos, e inclusive existe um monitoramento rígido por parte das autoridades regulatórias com relação à especulação criminosa da qual  temos infelizmente grandes e graves exemplos . Isto gera um outro artigo extenso, pois trata-se de ética nos negócios. Não será alongado além desta menção.

    • BOLSA É PARA LONGO PRAZO: verdade!! Empreendedor amigo, não espere que seu investimento hoje, no próximo mês já lhe permita comprar um carrão! Até pode acontecer, porém não é com este espírito de ganhos rápidos que você deve entrar neste universo. O investimento em Bolsa é para ser feito contando-se que em um prazo longo você terá seu capital multiplicado, porque VOCÊ MULTIPLICOU o capital da Instituição em que confiou seu rico dinheirinho. E pense que, para haver essa multiplicação dos pães, são necessários muitos meses, muitos investimentos, projetos concluídos, inovações, novos produtos lançados, novos consumidores conquistados, novas frentes de trabalho geradas. Tudo isso tem um tempo próprio de maturação e se estivermos em um momento de crise, há que se esperar o tempo para a recuperação e retomada dos patamares anteriores. Veja o que está acontecendo exatamente agora, enquanto você lê este texto.
    • BOLSA NÃO É PARA DESESPERADOS: verdade!! Se você é daqueles que olham a cada minuto o desempenho de seus papéis, esqueça! Primeiro tome Rivotril, depois vá estudar um pouco a dinâmica desse mercado tão intenso, procure seu gerente, se não o possui, ligue para a corretora de seu banco, converse com pessoas que efetivamente entendam do assunto e fique calmo! Você precisa entender que esta modalidade de negócio, acompanha o Negócio e este, você que tem um empreendimento sabe perfeitamente que não possui trajetória linear, ou seja, ora está acima, ora abaixo do ponto de equilíbrio do Business. No entanto, se você informar-se um pouco, não com fakes de amigos do whatsapp, mas com quem entenda, poderá perceber que uma grande baixa é um ciclo, que certamente retornará ao ponto desejado. Você pode verificar o que aconteceu com o mercado entre março e abril de 2020, o ano da Pandemia. Hoje, agosto do mesmo ano, já temos excelentes sinais, com algumas perturbações ainda, mas caminhando para uma retomada firme. Não invista achando que todos os momentos são de flores, há péssimos momentos e precisamos estar CIENTES disto.
    • BOLSA É ATIVO E RESULTADO: verdade!! O investimento muito ou pouco que você faz, gera patrimônio pela aquisição do direito de participação em uma sociedade de capital aberto que você tenha escolhido como também rende-lhe DIVIDENDOS quando essa sociedade realiza a distribuição de resultados entre todos os acionistas, independentemente do tamanho de cada um. Você pode ser uma pulga dentro de um grupo, mas com certeza levará seu quinhão do resultado auferido pelo grupo empresarial em que investiu; porém em caso de “quebra” da empresa, não se esqueça que também terá respingos em seu bolso, pois suas ações podem virar, como se diz no jargão, “pó” e lá se foi seu dinheiro…Lembre-se sempre então:

  • BOLSA É INVESTIMENTO DE RISCO: verdade!! Nunca, mas NUNCA utilize-se de bens pertencentes à sua família com o intuito de ganhar para ter mais. Novamente, pode sim acontecer, mas o risco de perda TAMBÉM é muito alto, pela própria dinâmica inerente a esse mercado que é algo natural dele, não há jeito. Portanto, o que você pode fazer, e aqui, uma pequena consultoria de educação financeira, faça sua planilha de acompanhamento de despesas e receitas, estipule seu teto de gastos, suas despesas fixas, se for o caso, as despesas de seu negócio, avalie seus riscos, coloque valores para gastos urgentes e inesperados, IMPORTANTE, considere uma poupança de recursos para seu giro e para seu futuro (pessoal ou de negócios) e só aí então veja sua disponibilidade para o investimento na Bolsa, que lhe renderá um patrimônio em quotas de participação e dividendos, como dito acima.

Com estes pontos, espero ter dado uma ideia melhor a você empreendedor, especialmente se for iniciante, se tem um pequeno negócio. Pense nessa possibilidade, estude um pouco mais sobre este que é um mercado acessível, promissor e com grandes oportunidades para você. Em um próximo texto, abordaremos um pouco mais de termos desse negócio, diferenças entre ações e debêntures que também geram dividendos, tipos de ações, e outras peculiaridades do mercado de ações, pois vale muito a pena conhecer.

Os mais velhos com certeza lembrar-se-ão  da velha caderneta de poupança que todos os pais constituíam para seus filhos às vezes no momento do nascimento e também de quando crianças, íamos à “Caixa Econômica” levar nosso porquinho recheado de moedas para realizar mais um depósito. Pois então, este saudosismo acabou, fechou-se esse ciclo, que deu lugar a um novo movimento, dinâmico, ousado, arriscado sim, mas que dá vida à expansão de nossa Economia. Se pensarmos desta forma a respeito da Bolsa de Valores, com certeza seremos mais um dos milhões de investidores que as empresas necessitam para gerar emprego e renda que constituem a força motriz de uma Economia condição sine qua non para o desenvolvimento.

Espero ter contribuído com você! Não perca o próximo artigo!!!

Leia a parte 2 desse artigo clicando aqui

 

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Maria da Penha Amador Pereira, Economista formada pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo com especialização em Desenvolvimento Econômico.

Atuou em carreira corporativa na antiga Companhia Energética de São Paulo, Banco do Estado de São Paulo e no Citibank, onde desenvolveu carreira por aproximadamente 30 anos em Controladoria, Planejamento Estratégico, Segurança de Informações, Gestão de Crises e Continuidade de Negócios, Qualidade, Projetos de Melhorias de Processos e Produtos Bancários, Controles Internos, Auditoria, Governança Corporativa, Regulamentação Bancária e Compliance.

Atualmente é escritora com obras já publicadas, Master Coach e PNL, Orientadora e Mentora de Carreiras, Palestrante e Educadora Financeira, tendo publicado mais de 55 artigos em Portais de Empreendedorismo, mídias sociais, jornais e revistas regionais e LinkedIn, além de ter participado de vários seminários e fóruns sobre diversos temas ligados à realidade brasileira e Compliance.

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