O SONHO DE SER RICO

A relação com o dinheiro Parte IV: O Sonho de ser rico

Meu amigo leitor, você acredita neste sonho? Não? Pois deveria, sabendo, no entanto discernir entre o desejo de construir uma vida bem alicerçada, um legado focando o futuro sem, no entanto, vivê-lo antecipadamente.

Simplesmente construir, mas também usufruir, sem se deixar levar pela tentação do acúmulo pelo simples acúmulo, guardando tudo para si como se nada e ninguém existissem além da meta de simplesmente acumular.

Essa postura de forma alguma leva à realização pessoal e mesmo à profissional uma vez que existe nela individualismo e materialismo exagerados, o que cria em geral nas pessoas que observam esse comportamento a errada crença de que almejar-se uma vida confortável e tranquila seja algo errado.

Em qualquer situação da vida precisamos nos colocar em posição de abertura ao novo, às exigências e atitudes que deveremos tomar e seguir para alcançar nossos objetivos e realizar nossos sonhos.

Neste texto falarei de ser rico no sentido literal, esquecendo por um momento os sentidos mais transcendentais, pois não podemos também viver somente em um positivismo tóxico, que para mim possui o mesmo sentido de alienação.

Claro que somos seres humanos, temos valor, seguimos valores, temos e necessitamos cultivar a espiritualidade, porém, precisamos também em alguns momentos olhar para nossa realidade humana, nossa condição e situação em um mundo físico, com necessidades materiais a serem providas.

Nesse sentido é que, antes de apenas dar fórmulas sobre como economizar dinheiro, como aplicá-lo, que regras seguir para criar condições para superação de dívidas, dar exemplos de planilhas, etc, quero chamar a atenção para os fatores que permeiam todo esse processo prático e bem lógico de administrarmos nosso rico dinheirinho.

Assim é muito importante que entendamos nossa relação com o dinheiro. O que efetivamente queremos em nossa vida prática e porque não pensarmos de forma consistente em criarmos nossas reservas e até nos tornarmos ricos na acepção literal da palavra? Por que não? Qual é o problema? E todos, TODOS podem pensar nisso, seja quem for.

Ser rico, não é necessariamente um mal, o mal está nas atitudes que nos levam a nos tornarmos egoístas, gananciosos, excessivamente materialistas e individualistas.

Com esses pensamentos, dando continuidade ao tema Educação Financeira, abordarei com você, amigo leitor as atitudes que nos levam ao alcance da meta de gerarmos, construirmos uma vida confortável e saudável e que abranja todas as pessoas que convivem conosco. Essa é a postura correta do ser rico: não para si próprio, mas para você ter condições de levar pessoas e comunidades a uma situação melhor, mais inclusiva, tudo GRAÇAS à riqueza, que para ser benéfica precisa ser distribuída, deve circular.

Falo em distribuição da riqueza não como um discurso de auto ajuda ou de militância esquerdista, não se trata disso, até porque não  sou fã de livros de auto ajuda e nem compartilho de ideologias de esquerda.

A distribuição aqui diz respeito a ações que criem condições a outras pessoas, seja através de trabalho, seja de educação, seja de saúde, de poderem plenamente participar do processo de geração de riqueza de um país. É mais ou menos como “não dê o peixe, ensine a pescar”. Se você tem recursos sobrando, imagine como pode atuar para que seu excesso possa beneficiar outras pessoas, dando-lhes acesso a caminhos para também se transformarem de tal forma que consigam dar continuidade a essa ações de estímulo e ajuda.

Colocar-se em conflito com a riqueza é uma atitude que está intimamente relacionada a crenças que carregamos sobre o ser rico. Quando alguém passa a maior parte de seu tempo convivendo em ambientes resistentes quanto ao desejo de uma vida muito confortável, esta pessoa acaba até inconscientemente incorporando esse negativismo em relação à riqueza, condicionando-se a uma vida de horizontes curtos.

Conforme anteriormente já mencionado, antes de discutirmos sobre maneiras de controlar e agir de forma eficaz para que as finanças pessoais equilibrem-se criando os espaços necessários ao próximo passo que é a jornada em direção à riqueza e ao bem estar é necessário primeiro que a mente seja esvaziada de crenças negativas, pensamentos limítrofes e horizontes curtos para que se abra o suficiente para incorporar as boas práticas financeiras de tal forma que se obtenha o efeito desejado.

Antes de entrarmos na discussão propriamente dita quero destacar os pontos abaixo:

  1. Por mais que alguém entenda os mecanismos do mercado financeiro ou tenha estudado a fundo seus melhores caminhos e riscos, esse indivíduo jamais enriquecerá se persistir em continuar com suas crenças de que não conseguirá ganhar nada uma vez que o mercado é arriscado, que existem regras, que o cenário é volátil, é muito complexo, que certamente haverá perdas, enfim, um raciocínio negativo que sabotará todas as possibilidades que estão abertas apesar de tudo. Conheço algumas pessoas que tem uma ótima formação em finanças ou esmeraram-se em conhecer nos detalhes a dinâmica do mercado, porém nunca saem do lugar. Não adianta ter vontade somente, é preciso agir com a cautela necessária, dando um passo por vez, com foco, muita paciência e um propósito determinado.
  2. Meu objetivo nesta série não é o culto ao acúmulo, por ganância o que considero condenável e sem o menor sentido, mas ao contrário mostrar um conjunto de boas práticas, comportamentos e atitudes que se deve incorporar para o atingimento de metas de vida que permitam a realização de sonhos e projetos de forma plena e que tornem as pessoas multiplicadores de oportunidades de inclusão e desenvolvimento para quem está ainda na busca desse patamar de conforto mas ainda encontrando dificuldades.
  3. Não há sentido algum uma pessoa querer a riqueza pela riqueza. Em qualquer situação o que dá sentido à vida é a existência de um propósito, um motivo para que se acorde pela manhã e se realize algo que signifique ao final de tudo um legado. Para que afinal você vive amigo leitor? Suas lutas precisam ter abertura para o mundo de forma a torná-lo um ser pleno. Desta maneira, quando você busca uma situação de vida segura, plena, confortável, deve também pensar que sua vitória PRECISA ser partilhada com quem não teve o mesmo nível de sucesso que você. Somente assim você vai sentir-se feliz, realizado. Como fazer isso? Você já ouviu certamente muitas pessoas dizerem que se “ganhassem na loteria ajudariam a família”. Certíssimo, mas só isso? Em alguns casos se você der uma quantia significativa de dinheiro gratuitamente a alguém, é muito provável que este alguém “torre” tudo muito rapidamente e logo retorne à situação inicial. Então o melhor a fazer seria financiar, por exemplo, estudos, oportunidades para esta pessoa e claro, mais adiante direcionar alguma quantia em espécie. Por incrível que pareça existem pessoas que não sabem lidar com muito dinheiro, perdendo-se em situações que deterioram mais ainda sua existência. O que se conclui dessa reflexão é que é preciso que seu excesso tenha dois objetivos: tornar sua vida a melhor possível e tornar a dos demais igualmente favorável. Como fará isto? Engajando-se com uma causa verdadeira, participando ainda que apenas financeiramente de projetos sociais que visem saúde, educação, segurança para diversas comunidades mais carentes, projetos educacionais e culturais, sem esquecer, claro da famosa ajuda à família. Isto somado torna sua riqueza geradora de mais riqueza, porque sua ação é multiplicadora de benefícios que o dinheiro, se bem utilizado e trabalhado, pode gerar para a comunidade onde você atua. Faça de tudo para neutralizar e impedir ações ilícitas, comportamentos escusos, inadequados, individualistas, pois nada disso gera riquezas, apenas desestímulo, descrença e injustiças sociais, entre tantas mazelas que as más condutas promovem.
  4. O dinheiro e a riqueza em si não geram vida, mas conseguem (e devem) com o adequado direcionamento fomentar o desenvolvimento acessível a todos, por este motivo não existe mal algum em você desejar ser rico, desde que entenda exatamente o que é ter essa condição. Um fato importante: a pessoa efetivamente rica, não ostenta. É muito comum vermos indivíduos que fazem questão de mostrar o quanto de dinheiro possuem para os demais até tornando-semotivo de chacota dos outros. Está indo muito bem em seu projeto de criação de suas reservas? Fique na sua, viva bem, direcione seu excesso para o que já foi mencionado neste texto, usufrua de seu conforto e pare de querer mostrar que você é mais que os outros porque possui algumas notas a mais no bolso. O que deve dividir e mostrar é sua capacidade de multiplicar benefícios para os demais, não quanto tem na carteira, muito menos a marca da mesma. Pense nisso.

O sonho de ser rico

Amigo leitor, agora que já criamos o cenário mental que preparará a discussão prática deste texto, vamos aos pontos que permeiam esse nosso sonho (é meu também, ora essa!) de vivermos uma vida com muito conforto.

Você alguma vez já imaginou-se rico? Aquele sonho acordado que você, em um dado momento aguardando que a fila no trânsito ande um pouco, teve ou no qual via-se em uma cena qualquer de muita abundância. Com que sonharia? E como sonharia?

Fique tranquilo, não falarei que o que você pensa acontecerá, pois não é esta a linha que desejo seguir neste texto. O que pretendo é que você que tem a paciência de me ler pense de que forma sonha e mais, o que pensa a respeito após ter vivenciado seu devaneio.

Seus sonhos lhe trazem imagens de horizontes curtos ou intensos e grandiosos? O que você pensa a respeito do que sonha? Todos sonhamos com alguma coisa, um dia ao menos já nos ocorreu e sempre há um julgamento nosso a respeito das imagens que vemos passar em nossa mente.

É com essa linha de raciocínio que prosseguiremos.

Vou repetir: buscar uma vida melhor que a que temos hoje é algo muito positivo desde que tenhamos em mente duas coisas muito importantes: a primeira que sejamos sempre gratos pelo que conquistamos até o presente, mesmo que aparentemente seja pouco; a segunda é que sendo gratos pelo que somos e temos que vivamos nosso momento dando o melhor que possamos achar em nós. Estas duas atitudes abrem nossos caminhos, pois geram movimento na vida.

A gratidão, e vamos deixar algo bem claro, não é sobre você não ter batido a cabeça no poste à frente, é sobre ser grato por ter vida para distribuir e transmitir ao próximo que talvez não esteja nas mesmas condições que você está.

A vivência do momento ofertando seu melhor, faz com que você interagindo, transmitindo o que sabe, em seu trabalho, na escola, em família, no clube, com os amigos, em quaisquer lugar e/ou situação, de repente se depare com uma grande oportunidade que pode mudar seu rumo, levando-o para um outro patamar em momentos melhores ainda.

Resumindo: é para agir. E o que isso tem a ver com a Educação Financeira, o cuidado com suas finanças, o controle da gastança desnecessária e deletéria? Simples: quando entramos na Universidade, nosso primeiro semestre, ou em alguns casos, o primeiro ano, busca criar em nós a mentalidade aberta ao conhecimento, uma visão holística do mundo, a introdução a uma postura deste momento em diante acadêmica, voltada para a descoberta de nosso trabalho como uma missão. Ou seja, é o ciclo básico que nos prepara para entramos no mundo da profissão escolhida.

Neste caso, minha dinâmica segue a mesma linha: quero que você leitor prepare-se para ser um expert em suas finanças, para ter uma relação tranquila e saudável com o dinheiro, munindo sua mente de elementos gerais de básicos que o tornem capaz de perceber o quanto errado (ou muito certo, claro) você estava a respeito da riqueza. Se tiver aquela cabeça de resistência, qualquer planilha de excel que produza para controlar seu rico dinheirinho logo será esquecida, pois sua idéia em relação ao dinheiro é negativa.

Portanto, seja, assuma uma postura positiva em relação a ter dinheiro! Não é crime, nem pecado, não impede ninguém de ir para o Céu, SE tivermos o discernimento necessário para não fazermos da riqueza e do dinheiro um fim em si mesmos. Essas coisas são MEIOS de melhorarmos nossa vida e a de nosso próximo. Sem essa visão altruísta NUNCA haverá dinheiro que chegue em nossas mãos, nunca conseguiremos nada! A riqueza é riqueza porque é abundância e abundância precisa ser partilhada, para que circule e gere mais riqueza.

Chega de filosofar. Vamos falar agora de algumas crenças que nem sempre nos auxiliam a irmos adiante com nossos projetos ou sonhos.

Por menos que possa parecer, uma crença pré estabelecida em nosso cérebro está muito relacionada ao desenrolar de nossa vida financeira por um lado e por outro, todo o conhecimento adquirido sobre finanças quase nunca significa que seremos bem sucedidos com nosso dinheiro a ponto de nos transformar em pessoas ricas.

Por que e como isso acontece?

Nosso sistema nervoso central é povoado por neurônios interligados por sinapses as quais levam às diversas partes do corpo, através de estímulos elétricos, as mensagens para que o corpo aja de uma maneira e não de outra. Da mesma forma que toda essa malha leva as mensagens de frio, calor, dor, susto, doce, amargo, azedo, defesa, etc, leva também estímulos e mensagens ligadas às emoções, cada qual originadas em partes específicas e apropriadas do cérebro.

Não é minha intenção discorrer sobre Anatomia Neuro Funcional, apenas passar de forma muitíssimo macro como o trânsito de sensações e sentimentos percorre nosso corpo, tudo sendo carregado pelo complexo, intrincado e admirável sistema nervoso e suas interligações. Desta forma, quando elaboramos uma programação mental em nosso cérebro, esta é registrada em nossa vida de tal forma que precisaremos realizar um trabalho e mudança dessa programação ou crença para que tornemos possível uma nova postura em nossa vida.

Assim é que, mesmo que saibamos horrores sobre finanças, mercado de capitais, investimentos, Bolsa de Valores e tudo mais, se não tivermos em nossa mente a crença de que prosperidade, dinheiro, aplicações e sucesso financeiros sejam algo de positivo e muito útil para nossa vida, tudo o que fizermos em relação a estas coisas sempre redundarão em nossa vida de forma pequena e limitada.

Sim, para ser rico é preciso atitude de ser rico, e esta “atitude” é adquirida ao longo da vida dependendo de nossa forma de agir em relação ao dinheiro. Isso é fácil de se perceber quando vemos por exemplo pessoas que ganham nas loterias muito dinheiro e em pouquíssimo tempo encontram-se totalmente arruinadas por terem mentalidades de pobres, considerarem-se simples e pobres, até não dignos de toda a abundância conquistada.

E mais, a tal atitude de rico está relacionada até mesmo à maneira de falarmos da obtenção do dinheiro: quantas pessoas tem o costume de dizer: “fulano “ganha” X mil reais! O fulano não ganha nada, pois ganhar tem a conotação de um presente e quando você é profissional ninguém lhe oferece nada gratuitamente, muito menos dinheiro da empresa onde você atua.

O dinheiro que você recebe é o preço de seu trabalho, portanto é uma troca não um ganho. Esse dinheiro vem em função da valorização de suas experiências, seu conhecimento técnico, sua postura e atitudes de líder, etc, sendo que você mais do que nunca deve fazer com que essa troca lhe renda uma multiplicidade de possibilidades que aos poucos e com firmeza fará com que você torne-se uma pessoa rica.

Existem pessoas que dizem que um assalariado jamais será rico – outra crença tóxica. Qualquer pessoa pode se tornar rica, desde que programe sua mente para permitir que essa possibilidade torne-se uma realidade. Por que será que minha mãe, que recebia valores relativos a aposentadoria conseguia poupar e obter ganhos com suas poupanças? Porque seu pensamento estava focado no sucesso mesmo recebendo uma quantia relativamente pequena.

E algumas situações somos levados a ajudar pessoas a se equilibrarem financeiramente, oferecendo-lhes a quantia necessária para poderem regularizar sua vida financeira, porém percebemos que um tempo depois, às vezes muito pouco tempo depois de nossa ajuda, essas pessoas voltam à estaca zero, ou seja, voltam a ter a mesma necessidade. Se novamente receberem ajuda, com certeza retornarão mais uma vez ao seu problema original, ficando nesse círculo vicioso de forma indefinida.

O que de fato ajudaria muito mais pessoas como as deste exemplo seria ensinar-lhes a reprogramarem suas mentes para eliminarem das mesmas as crenças que as impedem de receber ajuda uma vez e a partir dai serem capazes de reconstruírem suas vidas, de tal forma que parem de pensar que se ganharem para pagar suas contas já será uma vitória, postura esta que por si só limita a trajetória para uma situação de abundância.

Essas pessoas e cada um de nós precisamos trabalhar  e programar nosso cérebro para nos colocarmos de forma positiva diante do dinheiro e com esta programação mental começarmos a verificar que podemos sim multiplicar nossos recursos e desta forma realizarmos todos os projetos aos quais nos propusemos.

Neste ponto você pode me questionar dizendo que as coisas não são tão simples assim, que podemos encontrar repentinamente situações bastante adversas e inesperadas e que é muito fácil falar-se de programações mentais para a riqueza.

Em nenhum momento quero apresentar minhas ideias de forma leviana a ponto de desenhar um cenário de vida absolutamente perfeito, ao contrário, quero que você perceba apenas que não devemos partir para uma determinada ação, em nenhum segmento da vida, já com o pensamento de que coisas ruins e difíceis poderão acontecer e que mesmo que aconteçam, sua mente estará de tal forma programada para o sucesso, que você sempre considerará estes fatos inesperados como algo inerente ao trajeto e muito mais que isso, como fatores que poderão inclusive levá-lo a descobrir novas alternativas de se obter todos os recursos necessários para a geração da prosperidade.

Para finalizar este capítulo, quero mostrar-lhes ainda alguns pontos que farão muita diferença em sua jornada para obtenção de uma vida confortável e abundante:

  • Sempre tenha em mente que o sucesso requer DEDICAÇÃO. Você, eu, todos sabermos que pensar positivo abre portas, porém não podemos cair na cilada do positivismo tóxico, acreditando que somente “jogar para o Universo” nos trará automaticamente tudo o que e como desejamos. Devemos sim, fazer nossos projetos de vida pessoal e profissional, acreditando em nossa capacidade, pois a possuímos, porém, é necessário que também façamos a parte material da coisa. Então você deseja ser um grande profissional, não é mesmo? Está ciente do que precisará fazer para chegar a esse patamar desejado? Se você não tem a disponibilidade e a disposição para encarar todos os desafios que lhe virão, sinto informar que nada acontecerá da forma como foi idealizado seu plano. Não se esqueça que a dedicação antes de qualquer coisa nasce de um propósito de vida. Quando se diz que fulano é muito dedicado a uma determinada profissão, ou causa, ou pessoas, isto no fundo significa que há por trás de tudo o que alguém investe de energia em algo, um propósito, um senso de missão que faz com que se aja de forma plena, dedicada e grata. Para que se alcance esse patamar de compromisso foi necessário esforço, aprendizado e algumas renúncias.

Faça um honesto e sincero exercício de perdas e ganhos, e veja se está      disposto a aceitar as renúncias e a DEDICAÇÃO que um projeto de vida exige de todos nós. Veja abaixo a ilustração desse exercício que pode dar-lhe a luz que necessita para que você verifique o que realmente quer para si e desta forma, com foco atinja seus objetivos, inclusive os financeiros.

  • A forma como você enxerga seu trabalho que na verdade é um dos instrumentos para que você, eu e todos possamos alcançar nossos objetivos de vida profissional, pessoal e financeiros também. A forma como você se coloca diante do trabalho, mudará completamente sua jornada e os resultados que espera obter com ele. Como assim?

Responda-me com honestidade: como você age em seu trabalho? Sua mentalidade é do empregado que “bate cartão”, chega todos os dias naquele horário, executa de forma autômata as tarefas que lhe são destinadas, termina o dia em seu horário (“já deu minha hora”), bate o cartão na saída e volta para casa, super cansado de fazer sempre a mesma coisa?

Ou pensa em seu trabalho como o dono do negócio, que busca criar a todo instante suas próprias soluções, que evita situações de desperdício, que procura estar em linha e em conexão com todos ao redor para que se gere o melhor resultado? Que sabe que precisa estar com a família o mais possível, mas é capaz de algumas renúncias para poder gerar conforto e recursos para os seus? Que busca entender o que está fazendo ao ponto de ser capaz de criar novas formas de se executar a mesma coisa, em menos tempo e com menos desperdício de recursos, sejam quais forem?

Que percebe que a diferença entre ser empregado e ser empreendedor, ou  empregador, é que no primeiro caso, a pessoa simplesmente executa o que uma outra criou e mandou que se fizesse daquela forma e no segundo caso a pessoa cria seu próprio caminho de forma a conseguir enxergar múltiplas alternativas e novas aplicações. Quando você age desta segunda forma, não há nada que possa bloquear seu caminho para o sucesso profissional e financeiro. Pense…

  • A forma como pensa na abundância e prosperidade: será que não está agindo de acordo com crenças pré estabelecidas em sua família, até por uma questão religiosa, pela qual ser próspero e desejar abundância significam pecado? Conheço muitas pessoas que pensam assim, ou seja, que desejar que se alcance prosperidade e se tenha muitos recursos financeiros é algo que vai contra o que Deus quer de cada um. Não penso assim, pois Deus deseja em seu Coração que todo o ser humano seja pleno e feliz. Desejar ter uma vida próspera e abundante nada tem de maldade. O que é maldade é o desejo de que as conquistas sejam somente para você, sem que haja um sentimento de gratidão em relação a tudo o que foi conquistado. Ok, você empenhou-se, dedicou-se, renunciou a várias amenidades, focou em sua trajetória e conseguiu. Mas não esqueça que nessa jornada, houve pessoas que lhe mostraram o caminho, e só por isso você precisa ser grato, sendo uma excelente maneira de agradecer todos os seus dons, sem tirar seu mérito pessoal, é, por exemplo, ofertando parte do que você conquistou, ou parte de seu tempo a uma causa que vise a inclusão de quem ainda não conquistou o que você já conseguiu conquistar e que talvez estejam travados para tal por terem as famosas crenças limitantes que os impedem de avançar! Que tal se você se dedicar a mostrar o caminho das pedras? É neste ponto que você fará a opção de ser alguém abençoado, que mostra a Deus o resultado do trabalho que fez com os dons que Ele lhe entregou, ou ser alguém mal visto, mal querido por ter a ganância de querer tudo somente para si! E é justamente nesta segunda postura que encontra-se o mal da abundância. Portanto, o que é mal não é a riqueza em si, é a maneira como nos colocamos em relação a ela.
  • E para fechar este capítulo, a doação, que na verdade é o complemento do ponto anterior. Você quer ser rico para que? Se seu objetivo for única e exclusivamente pensando em si próprio, esqueça, você não terá êxito. Poderá até chegar ao ponto desejado, mas não conseguirá manter-se nele e nem avançar para níveis mais altos. Isto acontece porque o dinheiro que obtemos não pode ficar parado em nós, precisa fluir, pois o que lhe concede valor é justamente sua circulação. Chegue onde você quiser, mas jamais se esqueça por onde você começou, mesmo que tenha nascido rico. Alguém em sua família, em algum momento precisou suar para ganhar e teve sucesso, pois não se esqueceu que sua riqueza circulando entre outros multiplicaria seu patrimônio. Isso é tão verdade que vemos isso acontecer no mercado de ações todos os dias! Sim! O que no fundo significa uma empresa abrir seu capital na B3? Significa que se essa corporação desejar crescer sozinha, sem partilhar sua riqueza com ninguém, chegará um ponto em que não mais conseguirá arcar com os custos de um investimento e terá que fazer empréstimos para crescer, ou simplesmente parar de se expandir e estacionar, o que nos dias atuais pode ser mortal para um empreendimento. Desta forma a empresa vai à Bolsa e abre seu capital, após todos os trâmites legais serem cumpridos (não é fácil!), dando a muitas pessoas ou outras instituições partes de seu patrimônio e recebendo em troca por isso, os recursos para sua expansão. Concluindo, seja rico, mas entenda que para sua riqueza tornar-se sólida e multiplicar-se, você precisa que ela circule através de ações que gerem valor para outras pessoas que com certeza poderão também beneficiar-se do aprendizado que o fez chegar ao ponto de partilhar todas as suas conquistas.

  Pense, reflita e comece hoje sua jornada para a riqueza sustentável.

Muito obrigada!!!

Maria da Penha Amador Pereira, Economista formada pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo com especialização em Desenvolvimento Econômico.

Atuou em carreira corporativa na antiga Companhia Energética de São Paulo, Banco do Estado de São Paulo e no Citibank, onde desenvolveu carreira por aproximadamente 30 anos em Controladoria, Planejamento Estratégico, Segurança de Informações, Gestão de Crises e Continuidade de Negócios, Qualidade, Projetos de Melhorias de Processos e Produtos Bancários, Controles Internos, Auditoria, Governança Corporativa, Regulamentação Bancária e Compliance.

Atualmente é escritora com obras já publicadas, Master Coach e PNL, Orientadora e Mentora de Carreiras, Palestrante e Educadora Financeira, tendo publicado mais de 55 artigos em Portais de Empreendedorismo, mídias sociais, jornais e revistas regionais e LinkedIn, além de ter participado de vários seminários e fóruns sobre diversos temas ligados à realidade brasileira e Compliance.

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