Caro leitor! Este artigo foi carinhosamente elaborado para você, “C” qualquer coisa, que precisa encarar este desafio!

Ainda não é C level e tem vontade de um dia ser? Então gaste um tempinho e leia!! Garanto que serei rápido, prático e objetivo! 😀

O mundo (e as pessoas) estão assustados com tamanha velocidade que empresas techs estão crescendo, atingindo patamares nunca antes visto na história global. Sim, estou falando de Uber, Netflix, Waze, Face, etc.

E claro, o empresário bem-sucedido do passado não quer ficar para trás! Pior, dá frio na barriga do cara ver o seu império ameaçado! Acham que estou falando besteira? Por que vocês acham que o Itaú comprou a XP Investimentos, hein?!

Voltando a linha de raciocínio, o Old Founder chega um dia na reunião de conselho, dá um sacode no Board e fala para o time se virar para fazer esta tal de transformação digital dentro da sua empresa! E para finalizar, complementa: quero saber o prazo, custo e menor risco!

Foi dada a largada! Cada um sai reunindo seu time pegando opiniões/ sugestões de como a empresa pode fazer algo para obter mais resultado!

Para!! Mais o que?

Resultado?? Se realmente o founder (ou Board) quer fazer uma transformação digital, o resultado deve ser consequência de longo prazo.

Aí já começou errado. Eu e o meu time aqui na Deal estudamos muito o assunto, inclusive viajamos bastante para entender e poder ajudar as empresas a se transformarem digitalmente.

Na pratica, o que acontece é que os grandes executivos das grandes corporações têm metas de resultado a curto prazo, ou seja, tem ameaça em jogo! Se a empresa for listada e já entrega resultado, também tem outra ameaça. A do investidor! Sim, pode ser eu, você, qualquer um que comprou ação de uma empresa tradicional e certamente ficará preocupado caso o resultado da empresa comece a despencar simplesmente porque a empresa resolveu matar o modelo tradicional do seu business para arriscar num outro modelo transformador!

É desafiador ou não é??

Bom, o resultado que vemos hoje no Brasil acaba sendo este! Transformação digital é fundamental para a perpetuidade da empresa, mas o medo de arriscar é maior que o medo de morrer.

E a galera resolve dar aquele tapa, implantando squads, criando times ágeis para tentar entregar projetos mais rápidos para as áreas de negócio.

Em resumo, a pressão de qual caminho a seguir (futuro incerto), a pressão de acionistas por resultados melhores, a pressão das áreas de negócio por entregas mais ágeis (tecnologia e processos) e a pressão cultural (atrair talentos da nova geração) faz com que o direcionamento na prática acaba sendo a tão famosa transformação ágil, ou melhor, eficiência operacional.

Afinal, o que é transformação digital?

De cara, pega o último parágrafo acima e inverte ele! Sim, VOCÊ irá ditar o futuro, VOCÊ irá criar novas tendências de tecnologia (early adopter), seus processos já nascem enxutos, e consequentemente, a nova tecnologia irá remodelar a sua forma de fazer negócios. Você literalmente inverteu o ciclo da pressão que antes era de fora para dentro, agora, ficou de dentro para fora.

Transformação digital não é apenas atender o consumidor na palma da mão e criar seu e-commerce ou marketplace, o famoso mobile first. Isso é o básico! Afinal, o consumidor passou a ser o centro do negócio e mobilidade já virou pré requisito.

Para ter certeza que eu fui claro, vou usar um exemplo simples do varejo. Fazer transformação digital neste segmento, não significa que tenho que fechar lojas e ir 100% para o mundo digital.

Significa trazer o mundo digital para dentro do varejo! Como? Que tal trocar vitrines estáticas por vitrines inteligentes onde através de reconhecimento de imagens, você capta o cliente e sugere compras de acordo com o perfil que parou na frente da sua loja? Que tal analisar dados em tempo real e direcionar campanhas de marketing condizente com o público que está dentro da sua loja? Eliminar filas chatas de caixa com um sistema que reconhece o que você pegou na loja e já debita diretamente do seu cartão? Ou você quer pegar fila do caixa e o próprio caixa já sabe o que pegou e pede apenas para você conferir e pagar.

Enfim, foram apenas algumas ideias que vieram em minha cabeça enquanto escrevo este artigo.

Tudo isto já é possível, mas claro, requer tempo e dinheiro e o resultado será consequência!

Fabio Hayashi

Formado na área de tecnologia com MBA pela FGV em Gestão Empresarial. Fundador da Deal, fez seu primeiro M&A em 2012, tornou-se investidor no Canal da Peça em 2014, adquiriu participação na ManytoOne transformando-a no braço Digital da Deal em 2015, adquiriu Startup de Dados, tornando a vertical de BIG Data da Deal em 2018. Autor do livro digital Minha Vida em uma Página.

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