Mercado de tecnologia: como diminuir o gap entre o que os candidatos buscam e o que as empresas oferecem

HumanAZ e Employer Branding Brasil lançam pesquisa para profissionais de TI

Durante muito tempo, ter um videogame no ambiente de trabalho era o grande diferencial para um talento de tecnologia escolher a empresa onde iria trabalhar. Depois, foi a vez do trabalho remoto. O problema é que, desde o ano passado, com a chegada da pandemia, estão todos em casa (e jogando videogame).

Então, nestes novos tempos, por que uma pessoa da área de Tecnologia escolhe determinada organização para trabalhar e permanecer nela? Como se diferenciar em um mercado tão competitivo? O que torna único o desafio ou o ambiente que a empresa oferece? Onde a companhia conta suas histórias? Será que não se está fazendo o mesmo que a concorrência, rezando para o candidato responder um inbox?

Para Caio Infante, vice-presidente regional (LATAM) da Radancy e um dos co-fundadores da Employer Branding Brasil, no último ano, muitas empresas tiveram que se reinventar e acelerar mudanças de modelos de negócios, formatos de trabalho e gestão de pessoas e, com isso, a cultura e a comunicação sofreram bastante, assim como a marca empregadora. “O que as empresas precisam se perguntar é se elas estavam preparadas para passar por estas mudanças e se tinham os melhores líderes para enfrentar o último ano.

É preciso pensar no motivo de ter perdido grandes talentos para a concorrência e não conseguir atrair os melhores candidatos. Muitas empresas viraram o ano com estas perguntas sem respostas”, afirma.

O mercado de tecnologia é um dos mais aquecidos atualmente e continuará assim por um bom tempo – mesmo assim, muitas empresas continuam perdidas em como atrair e reter pessoas.

Enquanto as start-ups pagam mais pelo sistema PJ e, consequentemente, atraem mais, as grandes empresas oferecem um sobrenome corporativo importante, status e benefícios desejados por muitos candidatos.

Nenhuma das duas categorias está certa ou errada – é o que se tem para fazer diante deste novo cenário.

O problema, segundo Caio, é a diferença entre o que estas empresas oferecem e o que, de fato, os profissionais de tecnologia buscam.  “Descobrir o que o candidato de tecnologia procura é o grande desafio do mercado. A maioria das empresas não faz a mínima ideia disso, por isso fica difícil e cara a contratação. A falta de conhecimento deste gap ente o que eles querem e o que a empresa oferece é o desafio”, explica. “No final de tudo, são pessoas que, como a maioria de qualquer segmento, quer trabalhar com outras pessoas em um ambiente bacana e crescer profissionalmente.

O perfil muda muito pouco em relação aos candidatos de outras áreas – continuam sendo pessoas, e suas necessidades básicas na carreira profissional continuam sendo as mesmas.

É claro que receber uma boa remuneração faz parte da lista de desejos, mas não adianta ganhar bem e trabalhar em uma empresa que tem uma cultura tóxica, pessoas horrorosas e chefes negativos.

As pessoas não ficam nestas empresas nem ganhando mais e, quando ficam, querem loucamente ir embora o mais rapidamente possível”, afirma Caio.

Para ele, não existe uma resposta certa e nem mágica para diminuir este gap – o que precisa ser feito é entender o que é valor para o atual colaborador de tecnologia. Se determinada empresa tem colaboradores que trabalham lá há algum tempo é porque ela tem algo bacana que as pessoas valorizam.

Entender e vender isso ajuda – e muito – na hora de entregar uma vaga que combine com a empresa e com o candidato. “É preciso entender o que empresa faz de diferente e único não na visão do chefe, mas sim dos colaboradores. Esta construção de dentro para fora é o mais importante.

As pessoas querem ser ouvidas e querem falar sobre o que as encanta e não fazer isso é continuar enxugando gelo e tentando combater a perda de talentos e a alta rotatividade de colaboradores. É preciso entender o que é valor para reforçar isso internamente e vender para fora, que é o que vai fazer, de fato, as pessoas quererem determina vaga”, explica Caio.

E por falar em vaga, Caio deixa uma dica aos recrutadores: um profissional de tecnologia que não procura emprego e é assediado todos os dias com novas propostas de trabalho não aceita abordagens vazias.

Muitos deles se decepcionam quando são abordados por uma empresa que diz que têm uma vaga “com a sua cara” e, logo depois, pedem para que ele preencha uma ficha online de um processo seletivo. “Definitivamente, isso não é employer branding e nem vai ajudar a empresa a fechar suas vagas.

O candidato simplesmente não responde mais e desaparece – 95% dos recrutadores já passaram por esta situação e 40% dos candidatos afirmam que abandonam o processo por falta de interesse e desconhecimento da empresa.

Candidato também cansa… Se a empresa não souber criar relacionamentos e experiências e entender a jornada da contratação com seus desafios, dúvidas e fatores motivacionais, vai ter apelar para os caça-fantasmas para fechar vagas”, finaliza.

Pesquisa exclusiva

A HumanAZ, startup especializada em atração de tech people que conecta propósitos com competências, se uniu à Employer Branding Brasil, iniciativa de pessoas envolvidas em gestão estratégica de marca empregadora, para lançar, no último dia 07, uma pesquisa de mercado direcionada aos profissionais de Tecnologia. O levantamento tem o objetivo de conhecer os propósitos destes profissionais na atração por novos desafios de carreira.

A pesquisa será realizada por meio de um formulário próprio, que pode ser respondido por todos os profissionais de TI, com ou sem vínculo empregatício. A intenção é construir um panorama realista e assertivo sobre a maneira como este profissional e direciona sua carreira e, também, levantar uma série de dados sobre sua tomada de decisão.

Conectar pessoas e propósitos sempre foi o objeto de pesquisa do CEO e founder da HumanAZ, Rodrigo Curcio, que ressalta a importância de considerar o momento de vida de cada profissional além das oportunidades. “Cada conexão de profissional com propósito muda a vida de uma pessoa e, consequentemente, de todo ecossistema, como, por exemplo, sua família.

A HumanAZ tem o diferencial de buscar as conexões tendo como premissa básica a informação, ou seja, o profissional consegue entender claramente o momento de transformação da empresa empregadora e o que ele vai precisar fazer todos os dias no novo trabalho”, afirma Curcio.

Para Caio Infante, para contratar e reter estes profissionais nas empresas é preciso repensar estratégias e focar no entendimento sobre os valores que eles mais consideram e que, atualmente, não têm relação apenas com a remuneração, mas sim com os propósitos e o momento de carreira de cada profissional. “A pesquisa contribui na promoção da reflexão para as empresas voltarem o olhar para o que realmente é importante para o profissional.

Entender esta conexão auxilia as empresas a reterem os profissionais da maneira correta, tendo em vista os momentos de vida e os propósitos de cada um. Muitas pessoas não querem ganhar mais e, sim fazer um trabalho que tenha significado para elas”, afirma Caio.

Para responder o questionário, basta acessar as redes sociais da HumanAZ e da EBB ou clicar no link abaixo:

https://forms.gle/hFyk6Wsrqy6Stpbw6

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