Visão empreendedora, capacidade de planejamento e flexibilidade para encarar a rotina são alguns dos pré-requisitos para quem quer mergulhar no mundo dos negócios

Empreender exige dedicação, foco, planejamento e uma dose considerável de flexibilidade e de informação para conseguir sobreviver em uma economia instável como a do Brasil. O que quase ninguém comenta são os dilemas e desafios pessoais que o empresário enfrenta após tomar a decisão de ser o seu próprio chefe.




Ter conhecimento técnico sobre o segmento no qual busca empreender não é o único pré-requisito para se tornar um empresário de sucesso. Um engenheiro pode ser excelente desenvolvendo projetos e criando novidades. No entanto, ao assumir o papel de dono de uma construtora, por exemplo, em vez de calcular áreas, espaços, dimensões, ele terá que aprender a computar tributos, organizar planilhas e gerenciar pessoas. E se ele resolver investir em outra área, as exigências serão similares.




Nesse novo papel, é comum surgirem medos, insegurança e até a sensação de desânimo. O lado alentador da história é o fato de que, assim como o engenheiro adquire conhecimento na universidade, o empresário também tem onde buscar aprendizado e capacitação apropriada para este novo momento de sua carreira. E cercar-se de pessoas que possam preencher as lacunas necessárias. Podem ser colaboradores, mentores, consultores ou outros profissionais que venham agregar conhecimento, de forma direta ou indireta, ao trabalho da empresa.

Ao trocar a função de empregado e assumir o papel de dono do próprio negócio, o expediente não acaba às 18 horas. Por mais que a vida empresarial ofereça uma certa flexibilidade e a ausência de um patrão, o empresário precisa prestar contas aos seus clientes. Se deixar de entregar o produto ou serviço a que se propôs, ele pode ser substituído a qualquer momento.

Esses são alguns dos dilemas e desafios que o empreendedor se dá conta quando “está do outro lado do balcão” – para usar uma expressão bem popular.

Ser dono do próprio negócio, patrão e líder exige maturidade empresarial. E um empreendedor que esteja em busca do sucesso precisa ter – ou desenvolver – três formas de enxergar o seu negócio. Veja quais são elas:




  • Visão técnica: é aquele que tem profundo conhecimento sobre sua área de atuação. Costuma ser movido por pensamentos do tipo “se você deseja que algo seja bem feito, faça você mesmo”. É uma pessoa que vive no presente, um dia de cada vez. Para ele, pensar é uma tarefa improdutiva. Tem perfil individualista e se preocupa com o know how.
  • Visão gerencial: é o gestor que planeja, organiza, dirige, controla, mede resultados, faz orçamentos. Costuma viver no passado e ser pragmático, mantém o status quo. Vê problemas em vez de oportunidades.
  • Visão empreendedora: Tem como foco principal o crescimento da empresa e o seu crescimento pessoal. Sonha, busca energias, desenvolve-se, promove mudanças continuamente. É alguém que vive no futuro, traça estratégias, gosta de inovar e quer controlar as pessoas e eventos. Pode ser intimidador, divertido ou lisonjeiro.




Na prática, o que é possível perceber no mundo dos negócios é que sobrevivem aqueles empreendedores que conseguem fazer o correto equilíbrio de todas essas formas de ver o mercado e a sua própria empresa. No negócio ideal, a “dosagem” adequada deveria ser: 10% da visão técnica, 20% da gerencial e 70% empreendedora. Esse cenário é o que corresponde a uma maior maturidade empresarial.

O trabalho do coach de negócios é justamente esse, o de contribuir para que o empresário perceba qual a sua realidade e consiga fazer os ajustes necessários para dar seguimento ao seu negócio, de uma forma produtiva e feliz.

René Ribas tem 30 anos de experiência profissional na área de tecnologia de informação, tendo colaborado com empresas líderes mundiais em seus segmentos de atuação. Durante a sua carreira, recebeu diversos prêmios por superação de metas, inovação, conquista de novos clientes e projetos inovadores. Atualmente é proprietário de uma franquia da ActionCOACH, empresa líder mundial em coaching de negócios.

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