É interessante observar os inúmeros progressos que a humanidade deu ao longo da história. Avanços tecnológicos, globalização e pesquisas de sucesso em diversas áreas. Estamos sempre quebrando barreiras. Exceto uma, bem resistente: a do preconceito. A história e as questões sociais nos mostram a desigualdade que as mulheres enfrentaram e continuam enfrentando para galgar posições e espaço no universo profissional. Salários mais baixos comparado aos dos homens, cargos de pouca notoriedade, assédio e a falta de respeito fazem parte da realidade de uma sociedade que tem o machismo enraizado culturalmente e produziu, perpetuou a intolerância, além de acentuar as diferenças de gênero através de ferramentas midiáticas e de estereótipos, sempre diminuindo a figura da mulher.
Em 1917, Sigmund Freud criou o conceito “O narcisismo das pequenas diferenças”, abordado pela primeira vez em seu livro O tabu da virgindade e mais tarde nos textos Psicologia de grupo (1921) e Mal-estar na Civilização (1930). Este conceito é explicado quando o indivíduo se coloca em um lugar de superioridade e ataca o outro a partir de pequenas diferenças, colocando-o em uma posição de inferioridade. O lugar de superioridade diz respeito ao ego e ao recalque. Podemos usar facilmente como exemplo uma mulher que se destaca no mercado de trabalho. Nesse contexto, o homem se coloca em um lugar superior para apontá-la por ser diferente e incomodar por seu talento e aptidão.




Pode-se dizer também que o narcisismo das pequenas diferenças é um tipo de expressão do indivíduo quando ele se sente “ameaçado” por outro que faz parte de um grupo que sobressai de alguma maneira.
Através destas análises, é possível entender pela genialidade de Freud, como esse movimento é maléfico e afeta as mulheres no mercado de trabalho e na sociedade.

A luta é diária, constante, ininterrupta. Jamais perderemos a esperança de viver na prática e sem preconceitos o ditado “lugar de mulher é onde ela quiser”, em casa ou na presidência de uma empresa multinacional.




Profissionais devem ser respeitados sempre, independente de gênero, levando sempre em conta suas experiências e conhecimentos. A capacidade e a determinação vão muito além desse julgamento. Um dia, assim espero, o ambiente corporativo terá mais esta conquista, a quebra da barreira da desigualdade.
Seguiremos juntos, fazendo a nossa parte como profissionais, sem dar importância para o gênero.

Michelle Fernandes

Michelle Fernandes é fundadora da M2Trade, empresa no Brasil que oferece mercadorias e serviços de Comércio Exterior. Atua há 14 anos na área, graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior pela Universidade Estácio de Sá, acumulando vasta experiência nas áreas de logística, importação e exportação e demais atividades relacionadas a este universo. Durante sua carreira, participou de dezenas de cursos relacionados na área, inclusive na Escola da Marinha Mercante do Brasil, Aduaneiras e Lloyd’s. Participou de diversos seminários bilaterais de Comércio Exterior promovidos pela FCCE – Federação das Câmaras de Comércio Exterior.
Após trabalhar 5 anos em uma empresa multinacional com sede em Singapura, em 2010 Michelle abriu sua primeira empresa de comércio exterior ao lado de sócios como Carlos Alberto Parreira, focando no atendimento ”door to door”. Em 2015, vendeu a empresa e fundou a M2Trade.
Michelle participa de eventos como palestrante/speaker dividindo sua experiência e seus desafios profissionais com empresários, gestores, estudantes e todo público interessado no universo do empreendedorismo e do comércio internacional.

1 COMENTÁRIO

  1. A consolidação das estruturas cumpre um papel essencial na formulação das condições financeiras e administrativas exigidas. Por outro lado, o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos faz parte de um processo de gerenciamento das diversas correntes de pensamento.

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