Sim, você é uma marca

Já ouvimos falar que todos somos vendedores porque estamos vendendo sempre alguma ideia. Mesmo que nem estejamos trabalhando, ainda assim temos que vender o tempo todo.

Temos que defender nossas ideias, argumentar e negociar o tempo todo: na empresa, em casa, com os amigos, na academia, na vida. Não é segredo que somos todos vendedores.

Agora, já pensou que somos todos também uma marca? Sim, nossa imagem externa, nossos comportamentos, nossa forma de falar, de nos relacionar, tudo isso nos configura como uma marca, no sentido mais completo do que em inglês chamamos de “brand”.

Independente de estarmos trabalhando para nós mesmos como profissionais liberais, ou para os outros, como funcionários de uma empresa, precisamos aprender a olhar para nós mesmos como uma empresa por si só.

Quando vamos a uma entrevista de trabalho estamos apresentando nossa marca, participando de uma concorrência de contratação. Quando apresentamos um projeto para times internos ou para clientes, mesmo que estejamos representando a empresa para a qual trabalhamos, estamos também diretamente representando nossa própria marca, nosso comportamento para profissional.

Que tipo de marca você é? Como ela combina com a marca que você quer ser? Como você se apresenta, como cuida da impressão que deixa nos outros, em cada pequeno contato? Uma marca deve ser construída, com cuidado e objetividade, e o primeiro passo para cultivar uma marca é refletir sobre seu propósito, sua missão e as pegadas que você quer que sua marca deixe pelo caminho.

Nesse sentido, se somos todos vendedores, é necessário também desenvolver a consciência de que somos todos também marqueteiros de nós mesmos, dessa marca que deixamos transparecer através de nossas interações. Pare e reflita sobre essa imagem de você mesmo que todos os dias você constrói junto ao mercado, consciente ou inconscientemente.

Sugiro um exercício que pode abrir seus olhos: pergunte aos outros. Quais as três primeiras características que os outros pensam quando lembram de você? Essas características dirão bastante sobre que marca você está construindo.

Quer um exercício prático e eficiente para receber bastante feedback sobre você mesmo? Arrisque um post em suas redes sociais pedindo para seus seguidores colocarem quais são essas características. Depois, analise as respostas e veja os adjetivos que mais aparecem: esse é um bom caminho para começar a entender como o mercado enxerga sua marca.

Um segundo passo é olhar como você se comunica em seus próprios posts de redes sociais: você reclama de tudo? Posta fotos demais? Ostenta uma realidade que não condiz com o que você realmente vive? Corrija eventuais deslizes de conteúdo e mude sua postura: determine que ideia você quer passar para o mercado e ajuste suas mensagens de redes sociais a essa realidade.

O último reality check que você deve fazer é o da vida real. Peça para pessoas que interagem com você fisicamente a contarem sobre a imagem que elas têm de você. Veja se essa imagem se alinha com a que você quer ter e com a sua imagem digital, que você verificou no seu post. Busque consistência: entre o que você é, o que você quer ser e o que você demonstra ao mercado.

No mundo em que vivemos hoje, tudo o que fazemos conta. Você cultiva sua imagem a cada segundo em que interage com os outros, no real e no virtual. Foque nessa imagem, mais cedo ou mais tarde você vai perceber que ela é um dos seus bens mais preciosos, tanto no real quanto no virtual.

Carol Olival_Portal Empreendedorismo

Com graduação em Arquitetura, pós-graduação em Administração, MBA em Empreendedorismo e Inovação, atualmente cursando um mestrado internacional em Digital Marketing, Carol Olival é Community Outreach Director da Full Sail University, uma universidade americana que forma profissionais para a indústria criativa global.

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