ECONOMIA CRIATIVA E ELEIÇÕES

ECONOMIA CRIATIVA E ELEIÇÕES

A importância das indústrias criativas e da cultura para o desenvolvimento da economia das cidades já é amplamente reconhecida pelos três níveis de governo portanto um plano de governo que não inclua propostas solidas para estes segmentos é algo impensável em qualquer eleição democrática moderna.

As eleições de 2022 para presidente da república e deputados (estaduais e federais) irão ocorrer num cenário particularmente desafiador para empresas dos setores criativos e culturais.

Além de uma grande negligência do Governo Federal com as questões relacionadas as indústrias desses setores, ainda são sentidos os efeitos particularmente severos da Pandemia COVID-19. Será esse cenário desalentador com o qual se depararão os candidatos nos pleitos estaduais e federais.
Nesta fase de pré-candidatura, há expectativa de que haja um grande interesse em desenvolver propostas para os setores criativos, e que estas propostas sejam incluídas nos planos dos candidatos já que eventualmente serão incorporadas às políticas públicas do candidato vencedor.

Políticas públicas relacionadas à Economia Criativa precisam estar pautadas no viés de desenvolvimento social diante das enormes desigualdades regionais do Brasil buscando dar foco em ações para fomentar o empreendedorismo e a capacitação dos profissionais.

Mas que questões poderiam ser abordadas nessas eleições?

-Geração de emprego e renda no âmbito da economia criativa e da cultura, ampliando a discussão para segmentos que tenham alto impacto econômico e alto potencial de geração de empregos tais como o turismo, os eventos, a moda, a gastronomia, o audiovisual, a música, o design e a produção de jogos eletrônicos

-Qualificação em competências multidisciplinares que possam ser utilizadas tanto em empresas criativas quanto empresas tradicionais, como, por exemplo, programação, marketing, contabilidade e financeiro.

-Empreendedorismo social, feminino e das minorias inclusive em comunidades e periferias com inclusão de mecanismos de fomento à economia criativa que podem incluir, mas não se limitam a medidas fiscais, regulação, treinamento e capacitação, fornecimento de dados e estatísticas, cooperação internacional e infraestrutura.

-Programas de emprego para jovens carentes em empresas das indústrias criativas, com o objetivo de qualificação para o mercado de trabalho.

Partindo do pressuposto de que eleições são a principal forma de exercer a cidadania, pode-se afirmar que os planos de governo e pautas legislativas são uma ferramenta para projetar o futuro, não há como ser omisso nas questões que se referem ao desenvolvimento dos setores criativos.

Especialista em Processos e Projetos, com mais de vinte anos de experiência em gestão de processos e planejamento operacional. Atuou em empresas de diversos segmentos incluindo consultoria de gestão, telecomunicações, tecnologia da informação, serviços financeiros, óleo & gás, megaeventos, parques temáticos e associações de classe.

Hoje é sócia da Gig Flows, uma consultoria de gestão que se dedica exclusivamente ao planejamento estratégico e melhoria de processos para empresas das Indústrias Criativas e do Entretenimento ao vivo. Andréa é advogada formada pela PUC-RJ com MBA pelo IAG PUC-RJ e Master’s Degree em Entertainment Business pela Full Sail University e está finalizando o mestrado profissional em Gestão da Economia Criativa pela ESPM e a pós-graduação em Direito Intelectual pela PUC-RJ.

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