Propósito, segundo o dicionário, é a intenção de fazer algo, algo que se busca alcançar, que se propôs. Em outras palavras, tem relação com objetivo. Tem sido utilizado no lugar de missão, pois esta última palavra tem o peso de uma obrigação, de um dever a ser cumprido. De qualquer modo, ambas carregam a mesma ideia: traduzir o motivo pelo qual estamos atuando em diferentes papéis de nossa vida.

Quando nos perguntamos qual o propósito de alguma situação, em geral, estamos buscando entender qual o objetivo, qual a razão de tudo isso. Portanto, estamos buscando respostas racionais, que nos façam entender o sentido do que estamos vivenciando. Se o seu caso é diferente, então a definição da missão de vida irá auxiliá-lo a alinhar melhor seus objetivos, focando suas ações naquilo que realmente deseja e lhe traga mais realização pessoal e profissional.

Esta tarefa – a de descobrir nossa missão ou propósito de vida – é bastante complexa. Muitas pessoas passam a vida inteira sem descobri-la, ou porque nunca pensaram nela, ou porque era algo difícil demais para empenhar-se.

Por isso, existem diversos métodos para descobri-lo. Neste artigo, vamos expor um método que pode ajudá-lo. Em parte, ele é baseado na técnica psicanalítica chamada “Associação Livre”, que tem como principal objetivo a expressão do subconsciente ou inconsciente, onde pode estar grande parte do que pretendemos descobrir.

“Há em todo ser humano desejos que não querem ser comunicados aos outros, e desejos que não querem nem confessar sua existência.” (Sigmund Freud)

Método Deep Blue

A ideia do método é buscar respostas na profundidade de seus pensamentos e emoções (daí a analogia com o azul marinho, a riqueza da vida que se esconde sob a linha da água dos oceanos).

  1. Utilize sempre papel e caneta. Sua grafia é única, como uma impressão digital. Variáveis como ângulo, força, velocidade, pressão e a própria trajetória da caneta sobre o papel são únicos. É sua assinatura. Por outro lado, ideias são associações neurais que ocorrem e, em poucos segundos, se perdem entre outras ideias que as sucedem. Por isso, é importante que seja um exercício manual, para que o exercício guarde, literalmente, as suas impressões.
  2. Coloque a pergunta no alto da folha: “Qual é a minha missão, atualmente?”. É muito importante organizar as ideias e coloca-las no papel. Você já ouviu esta expressão e, agora, vai saber porque é tão importante. As ideias, já vimos, duram frações de segundos. Mas, quando as coloca no papel com a sua energia, elas começam a se manifestar no plano físico e lá ficam registradas. Escrever, anotar, faz com que as ideias fiquem mais claras, porque você trouxe luz as ideias que estavam fechadas na sua mente.
  3. Deixe fluir suas ideias, sem julgamentos. É provável que as primeiras frases sejam muito racionais, até mesmo uma coerência lógica. Mas o que vamos buscar é algo que fale alto à sua motivação, que faça você sentir vontade de seguir em frente, vendo o horizonte de realizações que lhe aguarda. Mesmo que esteja longe de lhe agradar, prossiga com o exercício, colocando todas as ideias que lhe vierem à mente.
  4. Atualmente é um tempo importante. Ao colocar a expressão “atualmente”, tira-se um peso enorme na definição de sua missão de vida. Quando pensamos na vida como um todo, muitas vezes nos prendemos à ideia de que ainda estamos despreparados para definir algo que exige tanta responsabilidade. Conforme vem a maturidade e a experiência, pode ser que sua missão de vida mude.
  5. Prossiga até criar uma lista de ideias. A função da primeira frase é iniciar o processo, independente de estar certo ou errado, até porque isso é o menos importante neste processo. Escrevendo diferentes expressões de missão ou propósito de vida, a mente vai se soltando, tornando-se mais livre para novas visões.
  6. Mantenha a mente livre e aberta. Conforme já ilustramos, deixe os julgamentos de lado. Muitas vezes racionalizamos, buscando o que deveria ser o nosso propósito, de acordo com outros objetivos que temos. Mas o processo é justamente o contrário: descobrir qual é a missão de vida, o propósito, para alinhar todos os demais objetivos e, desta forma, alcançar os resultados mais facilmente e com mais felicidade.
  7. Pessoas mudam e com eles, os propósitos. Pode ser que antigos ideais visitem sua memória. Anote-as, sem problemas. Olhe novamente, sinta se ainda são significativas ou se já ficaram no passado. Se a conclusão é de que NÃO faz mais sentido, porque a vida mudou e, com elas, todas as demais condições, anote e deixe-as lá. Ter consciência das mudanças também faz parte do processo.
  8. Quando parar de escrever. O que estamos buscando é uma frase que lhe traga um sentido emocional, ou seja, que seja coerente com as suas emoções. Quando chegar a frase que inspire, que traga confiança, entusiasmo e vontade de agir, estamos próximos do caminho. É o momento de diminuir o ritmo de novas frases e começar a aperfeiçoar as ideias.
  9. Analise a frase e verifique se responde a cinco perguntas básicas: “Quem é você”, “O que você faz ou pretende fazer a partir de seu propósito?”, “Para quais pessoas você faz?”, “O que essas pessoas querem ou precisa que você faça?”, “Como essas pessoas mudam com o resultado do que você faz?”. Estas cinco perguntas tem relação com a sua identidade, com o público que você direciona suas ações e qual a sua utilidade, qual a contribuição de sua atividade proporciona para melhorar aqueles com quem interage.
  10. Redija uma declaração. Ao final, você deve ter como resultado uma declaração. Deve ser uma frase afirmativa, sem expressões de negação. A maioria das declarações tem o poder de mudar estados e situações e, por isso, poderá mudar o curso da sua vida para uma existência mais plena e recheada de realizações e momentos felizes.

Para guia-lo no processo, alguns questionamentos que podem ajuda-lo:

  • Quais atividades trazem mais prazer, de modo que o tempo passa rápido, sentindo-se bem e realizado?
  • Quais brincadeiras preferidas na infância? Algo que relacione-se a alguma profissão?
  • Quais atividades o fazem sentir útil a um maior número de pessoas?
  • Quais são suas principais forças? O que você faz sem esforço que o destaca de outras pessoas?

Rodolfo Nakamura, publicitário, especialista em gestão de novas tecnologias e Master Pratictioner em Programação NeuroLinguística, é empresário, editor, professor universitário e palestrante. Seus grandes amores são Deus, a família e dividir conhecimentos e experiências em cursos, treinamentos, palestras ou mesmo em uma conversa de botequim.

Entre suas atividades profissionais, destacam-se:

LIVROS:
1. E-commerce Fácil de Entender: tudo o que você gostaria saber sobre comércio eletrônico e ninguém teve paciência de explicar. São Paulo: Erica, 2001

  1. Moodle: Como criar um curso usando a plataforma de ensino a distância. São Paulo: Farol do Forte, 2009.
  2. Sete Missões: o caminho do desenvolvimento pessoal passando pela região dos Sete Povos das Missões. São Paulo: Farol do Forte, 2009.
  3. Midia: Como fazer um planejamento de mídia na prática. São Paulo: Farol do Forte, 2010.
  4. Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078/90. (Organizador). São Paulo: Farol do Forte, 2013.
  5. O Vaso: sobre gratitude, a atitude de ser grato. São Paulo: Farol do Forte, 2004

 

ACADÊMICAS

  • Professor universitário em nível graduação e pós-graduação (Comunicação Social – Publicidade & Propaganda, Jornalismo, Produção Audiovisual – Administração, Marketing, Pedagogia), desde 2000.
    Uniban, Uniabc, Unimes, UnG, Senai, Famosp, Faculdade Brasil, Unijales.
  • Coordenador de curso de graduação – Publicidade e Propaganda, Marketing e Produção Audiovisual. Grupo Kroton-Anhanguera, 2011-2017
  • Gestor de extensão universitária e Pós Graduação. Grupo Unibrasil, desde 2015.
  • Pesquisador Científico. Área: Comunicação.
  • Orientador de monografia e Trabalho de Conclusão de Curso
  • Avaliador técnico Guia do Estudante.

 

PROFISSIONAL

  • Publicitário, Jornalista e Radialista;
  • Editor;
  • Empresário, indústria de brinquedos;
  • Palestrante Profissional RPP e Coach.

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