É tempo de crescimento, você está preparado?
Quero falar da possível virada econômica que dará inicio a um novo ciclo de crescimento. Uma semana atrás eu estava em uma grande multinacional e conversávamos sobre como podemos aproveitar as oportunidades a partir de agora, buscando nas pessoas a fonte para novas ações, mais protagonistas e empreendedoras. E é evidente que a conversa girou em torno do papel do líder e suas diferentes formas de gestão.
Fazer gestão na crise significou cortar investimentos e pessoas, apertar o cinto e controlar cada detalhe, tentando minimizar qualquer perda. Vale dizer também que os líderes que ficavam atrás das mesas foram cortados da posição. Assim, o líder emergiu como conservador, controlador, salvador da pátria e aquele capaz de “segurar as pontas”.
Mas, fazer gestão num ambiente de crescimento significa fomentar ações protagonistas de seus times, tomar para si alguns riscos e empreender, mudando processos e a forma de fazer as coisas que até então eram eficientes. Ou seja, significa fazer mais, diferente, buscando a inovação e apoiando times com novas ideias.
A tarefa não será fácil, para fazer a gestão neste momento o líder precisa dar alguns passos em direção ao desconhecido, lidar com mais incertezas e com novas formas de fazer as coisas. Ao mesmo tempo em que tem diante de si pessoas que ainda não estão preparadas, que estão com receio do novo. Existe falta de qualificação técnica e comportamental, o que torna o terreno difícil para qualquer gestor. Então, como fazer gestão neste novo cenário?
Primeiro, a liderança precisa voltar a aprender!
Abrir sua agenda para cuidar da própria capacitação: técnica, comportamental e emocional. Em paralelo, precisa fomentar a discussão com seus próprios colaboradores, principalmente sobre as expectativas para o momento atual, a necessidade de mais protagonismo e força empreendedora no papel de cada um deles.
O tempo dedicado aos dois elementos-chave da gestão neste cenário de crescimento, desenvolver a si e aos outros, vale o quanto pesa. Quem sair na frente, seja como empresa ou como líder, vai colher benefícios mais efetivos no momento oportuno.
Sendo um psicólogo e não um economista, vejo que a questão é mais sobre “soft skills” do que conhecimento técnico ou capacidade prática, sobretudo para as lideranças. Melhores gestores, num cenário de crescimento, são capazes de estimular o que há de melhor tanto no comportamento quanto no coração das pessoas.
A oportunidade está aí, vai encarar?
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Sócio-diretor do Grupo Bridge, Psicólogo e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS, Professor supervisor pela FEBRAP. Acumula experiência de mais de 30 anos em desenvolvimento humano e projetos de conexões educacionais corporativas e inovação.
É autor dos livros ‘A Jornada Ôntica’ (2013), ‘O Hólon da Liderança’ (2015), ‘Inovação: diálogos sobre a prática’ (2016), ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’ (2017), A Magia dos Sentimentos: 27 emoções para transformar sua vida e em 2019 lançou os livros em versão digital; Lifelong Learning – Aprender para a Vida e Empowerment, uma liderança que inspira. Celso Braga é coautor do livro ‘Educação para Excelência’ (2010).
