Equilíbrio emocional

Equilíbrio emocional: sua atitude na balança

Vou contar um segredo hoje: Você sabia que não somos seres racionais?

Somos, antes de tudo, seres emocionais!
Isso é algo que todos deveriam ter consciência, pois todas as nossas decisões são emocionais, todas as nossas atitudes são emocionais e toda nossa vida é regida por aspectos emocionais.
Essa informação fica evidente quando vemos alguém estressado tomando péssimas decisões, ou uma pessoa vidrada emocionalmente em algo ou alguém, apaixonada, tomando decisões que – em muitos casos – depois se arrependerá. Já o menos óbvio, porém, é admitir que, qualquer que seja o caso, nossas atitudes são 100% influenciadas antes de tudo por nossas emoções.
Calma!
Não pense que há algo errado com isto, afinal você é um ser humano e deve ser assim mesmo. A gente percebe e sente as situações antes mesmo de pensar sobre, logo, o sentir precede a nossa própria ação – e o pensar é uma forma de ação!
Vamos parar um minuto para lembrar!
Quantas vezes já fizemos algo que, passados alguns segundos, faríamos diferente? Ou mesmo, algum tempo depois apareceram outras possibilidades de ação ou resposta que sequer havíamos imaginado? As emoções nos guiaram e sem pensar agimos, ou, pensávamos estar agindo racionalmente….
Outro bom exemplo: Quando racionalizamos para justificar alguma ação impulsiva ou reação mais extremada? Mais comum do que gostamos de admitir, não é verdade?

 

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Somos seres fundados por nossas emoções. Se pararmos de negar isso, e compreendermos realmente essa nossa essência, aumentamos nossa capacidade para pensar um minuto antes de agir e assim melhorar nossa resposta às situações que estamos vivendo.
O equilíbrio emocional é a capacidade de sentir livremente o impacto de cada situação, sem negar ou suprimir as emoções geradas, e então, pensar sobre como vamos reagir para podermos – aí sim – agir assertivamente.
Pessoas equilibradas são melhores tomadoras de decisão em 100% dos casos!
E isso fica cada vez mais evidente nos dias de hoje, onde uma infinidade de estímulos influenciam nosso emocional constantemente. Vamos imaginar uma situação: uma pessoa diante de uma grave crise em sua área surta e sai gritando à “caça” dos culpados ou de socorro. Outra pessoa, diante da mesma situação diz “ok, vamos respirar fundo e ver o que podemos fazer para resolver isso”. O estímulo foi o mesmo para ambas, correto? A variável neste exemplo foi “como cada pessoa lidou com suas emoções” no momento em que recebeu tal estímulo.




Mas cuidado!
Ligar o F….-se não é o mesmo que equilíbrio emocional. Você pode ter essa atitude e não ligar para nada, mas ainda assim enfrentará as consequências de ter negligenciado a situação. Acredite, é muito melhor enfrentar as diversas situações que nos acometem com adequação de resposta – ou seja, usar verdadeiramente “um minuto” para respirar e pensar antes de agir – mesmo que ao final desse minuto sua decisão ainda seja xingar o outro e a situação. Você vai se surpreender com a diferença e o impacto que isso gera em suas relações.
Se equilíbrio emocional possibilita maior assertividade nas nossas ações, que vantagens isso traz para a liderança?
Assim como pais que lidam melhor com suas emoções ensinam seus filhos a fazerem o mesmo, gerando maior harmonia familiar, líderes que possuem maior equilíbrio emocional promovem um clima saudável, pronto para lidar com o inesperado.
Além disso, líderes emocionalmente equilibrados engajam mais as equipes, tomam decisões mais assertivas e são mais eficazes na solução de problemas. De forma equilibrada, eles dão a segurança necessária aos que estão ao seu redor para seguir em frente e fazer o mesmo.
Mas atenção!
Não pense que equilíbrio é o mesmo que não sentir, muito menos que é “se controlar” ou saber “engolir sapos”… Só essa imagem já me dói!
Se chegou até aqui achando isso, volte e releia o texto, combinado?
Estamos falando de sermos mais conscientes em relação às nossas emoções, podendo assim saber expressá-las de forma mais assertiva. Com isso, garantimos que as pessoas ao nosso redor entendam a mensagem, sem serem atingidas ou intimidadas por nossas reações emocionais. Por exemplo: “Pessoal estou muito chateado e até meio puto por que nossas metas não estão sendo atingidas, vamos rever o que podemos fazer a respeito?”.
Todos precisam expressar suas emoções, sem serem cegamente dirigidos por elas. É o famoso “Me dá um minuto para pensar!”.
E você, já tomou esta atitude hoje?

 

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Celso Braga

Sócio-diretor do Grupo Bridge, Psicólogo e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS, Professor supervisor pela FEBRAP. Acumula experiência de mais de 30 anos em desenvolvimento humano e projetos de conexões educacionais corporativas e inovação.

É autor dos livros ‘A Jornada Ôntica’ (2013), ‘O Hólon da Liderança’ (2015), ‘Inovação: diálogos sobre a prática’ (2016), ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’ (2017), A Magia dos Sentimentos: 27 emoções para transformar sua vida e em 2019 lançou os livros em versão digital; Lifelong Learning – Aprender para a Vida e Empowerment, uma liderança que inspira. Celso Braga é coautor do livro ‘Educação para Excelência’ (2010).

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