Quer inovar de verdade? Contrate artistas.
Imagine aquela cena clássica do empreendedor cercado de informação conflitante, colaboradores convivendo em equilíbrio frágil, riscos, possibilidades, e uma pergunta gigante, pesada, carregada de eletricidade, dentro da cabeça: como usar a inovação para elevar o nível dos meus produtos e serviços?
Inovação é aquele tipo de palavra que todo mundo usa, mas que poucos têm a habilidade de colocar em prática. “Inovar pra quê? Como? Onde? Por onde começar? Qual a direção? Como sei se estou inovando de verdade?” Vou te apresentar uma pessoa que pode te ajudar nesse caminho: o artista.
Dentro do nome “artista” cabe uma infinidade de ofícios que vai dos mais conhecidos pelo grande público (ator, músico, pintor, escultor) até aqueles que a maioria das pessoas nem sabe que existe (ceramista, sound designer, iluminador, criador de estampas). Todos trabalham com atividades de alta complexidade.
No universo do artista, a pesquisa e o desenvolvimento lidam com os campos do abstrato e da percepção. Lidam com questões que temos dificuldade de enxergar e dar nome, mas que influenciam nossas ações diárias. E o resultado do trabalho do artista é o “fator WOW” que acende uma faísca dentro de você quando assiste um filme incrível, ouve sua música favorita, vê um quadro que deixa seu quarto mais interessante, lê um livro que emociona.
Além disso, o artista é normalmente um indivíduo muito bem educado nas esferas financeira e administrativa. Viver de arte requer habilidade de administrar matrizes de renda que variam o tempo todo dependendo do mercado e da percepção do público.
Ao navegar tanto pelo universo da abstração sem limites quanto da escassez do dia-a-dia, o artista lida, literalmente, com o campo da magia, e desse campo podem surgir grandes ideias para levar o seu negócio ao próximo nível.
Não é de hoje que empresas como IBM, Apple, Amazon e Google contratam artistas para ir mais longe. O próprio sucesso do vale do silício se deve, em grande parte, à intensa interação entre empresários e artistas de vanguarda.
Alguns resultados dessa interação: a reimaginação do espaço de trabalho, a transformação de produtos de tecnologia em objetos de desejo, dinâmicas que acendem a faísca criativa das equipes e projetos especiais que desafiam a nomenclatura corporativa.
E, justamente por desafiar a nomenclatura corporativa, estas ideias podem fazer uma empresa enxergar oportunidades que nenhuma pesquisa, método, ou processo “normal” das coisas identifica.
Tanto faz o ramo, tamanho ou verba da sua empresa, ela pode descobrir novos mundos e caminhos produtivos com a ajuda de um artista. Experimente e surpreenda-se.
César Munhoz é artista, comunicador e produtor de ativos de entretenimento para projetos no Brasil, Estados Unidos, Suécia e Austrália. Mestre em Entertainment Business pela Full Sail University, com formação em Jornalismo, Publicidade e Cinema pela UTP, Planejamento de Comunicação Integrada pela FAO, Sound Design pela Escola São Paulo de Economia Criativa e Escuela Sonica Buenos Aires. Apresenta, toda quarta 19h, a live “Arte, Entretenimento e Conexões” nos canais da Full Sail Community.
